quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Poder das Redes Sociais ressurge – Case DAS CINZAS ÀS LETRAS

Semana passada ouvi um comentário do Gilberto Dimenstein na rádio CBN sobre o grande poder de mobilização que as redes sociais possuem. Na ocasião ele citou o caso da psicóloga Thaís Goldstein que havia passado por um drama pessoal.


Tudo aconteceu quando ela deixou a Bahia com destino a São Paulo para concluir seu doutorado. Por força da circunstância, passou a viver em uma edícula nos fundos da casa de seus pais. Lá ela mantinha alguns de seus principais pertences; piano, violão e todos os livros que embasavam a fundamentação teórica de sua tese de doutorado. Como seu pai estava doente, certo dia ela resolveu acender uma vela sobre um altar que mantinha em cima do piano, pedindo pela recuperação dele.

Neste mesmo dia, sua família havia decidido sair para um concerto. Ao chegarem a casa, se depararam com o início do drama de Thaís. A edícula estava em chamas, e só restava tempo para chamar os bombeiros para evitar que o fogo se alastrasse a ponto de atingir a casa de seus pais, o que de fato aconteceu. No entanto, a edícula ficou completamente destruída. Ela acabou perdendo tudo; piano, violão e todos os livros que fundamentavam sua tese... tudo havia queimado!!!

Eis que um amigo dela sugeriu que criasse um blog com o propósito de sensibilizar as pessoas para o seu drama pessoal, e pedir a colaboração destas para doarem os livros que precisava para concluir a tese. O blog http://ajudalivros.wordpress.com/ que tem um nome bem sugestivo – Das Cinzas às Letras, acabou não só cumprindo o seu papel de conseguir os livros, mas também se tornou um espaço para publicação dos textos de sua rede de relacionamento.

Considero o povo brasileiro solidário. Mas neste caso, o interessante é ver como uma mídia social colaborou para minimizar este drama vivido pela Thaís. Quem já passou pela experiência de fazer uma dissertação de mestrado ou mesmo se enquadrou no caso dela com a tese de doutorado, tem a real dimensão do que significa perder todo o referencial que embasa um estudo que levou anos para ser desenvolvido. Que bom que no fim tudo deu certo e, assim como na ficção, o final foi tão feliz que até o pai dela ficou curado.

Leia o post do Gilberto Dimenstein na íntegra sobre este caso
http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/11/apos-incendio-em-casa-psicologa-cria-blog-para-recomecar/

3 comentários:

Rogério disse...

Caro Alexandre...

Nem me conte uma história dessas!!! Logo agora que comecei a escrever minha tese!!! hehehe

Rogério disse...

Complementando...

Claro que este caso mostra como um problema pode se transformar em uma oportunidade para superá-lo...

Embora tenha muitas críticas às redes sociais, já que se transformaram ao mesmo tempo: i) em oportunidade de relacionar-se com pessoas que não teriamos acesso; mas também em, ii) exposição excessiva (em grau nunca visto antes) da intimidade das pessoas; e iii) possibilidade de monitoramento tipo "grande irmão" (ou big brother) do 1984... esse é um caso interessante das possibilidades que estas redes podem trazer em benefício das pessoas... no caso dela... dos doutorandos do Brasil-il-il... hehehehe

Alexandre Júnior disse...

Roger,
Logicamente que lembrei de você quando escrevi este post, mas não pense que desejo queimar seus livros!!! kakaakka... Abraço, boa sorte com sua tese e obrigado por tornar a participar do FALATÓRIO.

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